O Banco Central (BC) estuda novas formas de financiar o mercado imobiliário diante da redução das principais fontes de funding: poupança, FGTS e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Enquanto a poupança apresenta crescimento tímido e saques superiores aos depósitos, as captações de LCIs caíram significativamente. Bancos pedem ao BC a redução dos depósitos compulsórios e construtoras sugerem encurtar o prazo de resgate das LCIs. No entanto, o BC ainda não definiu prazos para implementar mudanças no sistema. Apesar disso, o mercado imobiliário brasileiro alcançou recordes no terceiro trimestre de 2024, com 105.921 unidades vendidas (+20,8%) e 95.063 lançadas (+20,1%), segundo a CBIC. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi destaque, representando metade dos lançamentos e registrando alta de 46,9% nas vendas. De janeiro a setembro, o setor acumulou 292.557 unidades vendidas (+19,7%) e 259.836 lançadas (+17,3%). Apesar do crescimento, desafios como a oferta reduzida de imóveis (-9,2%) e o impacto do desequilíbrio fiscal preocupam o setor. Curitiba não ficou de fora: a cidade registrou aumento de 35% nos alvarás liberados e 37% nas vendas de imóveis novos em 2024, além de alta no custo médio do metro quadrado para R$13 mil. Investidores impulsionaram o mercado, atraídos pela valorização e alta rentabilidade. Para 2025, 77% das empresas planejam manter ou ampliar lançamentos, apesar de desafios como incertezas políticas e aumento nos custos. O mercado segue otimista, sustentado pela forte demanda e redução de estoques.
Fonte: Reportagem do site Papo Imbiliário Edição 565.